O custo da operação gira em torno de 12,5 milhões de euros (algo em torno de R$ 76,7 milhões) aos cofres do clube, sendo 8 milhões de euros (cerca de R$ 49 milhões) à vista, e o restante atrelado a gatilhos contratuais.
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, explicou a operação e o motivo do valor considerado baixo pelo jovem jogador. De acordo com o mandatário, o Timão tentou uma renovação com Denner, que não aconteceu.
“Sempre que uma promessa aparece a gente quer primeiro que performe, nos dê títulos, para que depois possamos vender por um preço justo. Quando um garoto chega na base, chega por avaliação, passou e faz um contrato anual quando é menor de 14 anos. Passou disso, tem contrato de formação, com valor de ajuda de custo de salário. Não pode ter multa enorme. Depois dos 16, vem o contrato profissional. Até então é um contrato de risco. Quando o garoto se destaca, você chama os empresários para conversar e começa a melhorar o salário para poder aumentar a multa. Quando esse garoto começou a se destacar, nós chamamos os empresários e eles não quiseram, disseram que aparecia proposta”, disse o presidente durante entrevista ao portal MeuTimão.
“Existia uma multa e os empresários não aceitaram subir, porque existia sondagem de venda. Não temos o que fazer dentro disso. Ou você aceita ou ele paga uma multa irrisória e vai levar embora. É uma boa sondagem, existe a proposta, que para nós é interessante. Proposta de 8 milhões de euros à vista, se for diluir em quatro anos, que é o que pagam, vai para 11 ou 12 milhões de euros. Depois tem mais um valor por cada jogo ou cada cinco jogos 500 mil euros, que tem uma bonificação, que vai passar de 15 milhões de euros”.
“Para um garoto de 16 anos, que ainda não pisou no profissional, que será uma promessa, que ainda temos mais dois anos para trabalhar dentro do Corinthians, porque só pode sair depois dos 18 anos, é uma venda, de certa forma, maravilhosa. Não é o que nós queremos. Jogador que tem um futuro promissor, que é o que fiz com o Wesley, é segurar, vender do tamanho que vale nossa marca, que é o Corinthians. Mas se analisar que é um garoto de 16 anos, sem jogos no profissional e que é promessa, de certa forma é bom negócio. Mas tem que ver o lado. Hoje temos uma situação financeira complicada. Fiz de tudo para segurar nosso elenco, ter time competitivo. Conseguimos, renovamos alguns contratos. Você tem uma meta para atingir dentro de uma projeção financeira que fizemos, que temos que cumprir. Ou vende jogador do profissional ou tem a formação, que é o que queremos. Acho que o último que vendemos de base foi o Arana”.
“O Denner está começando, não sabemos se amanhã vai dar certo, é uma promessa. Mas isso está dentro dos planos de formar atletas para vender por valor muito bom e sair dessa situação financeira. A situação financeira é muito complicada. Estamos equacionando. Temos uma meta de quase R$ 200 milhões para vender neste ano. É para começar a reduzir as despesas, para começar a equacionar as dívidas, para que possamos ter um futuro melhor. Subimos 11 atletas para o profissional. Mostra o trabalho de base”.
Na última Copa São Paulo, Denner foi um dos grandes destaques do Corinthians, acumulando oito partidas na competição e marcando três gols, um deles na grande final, contra o São Paulo.
Próximos jogos do Corinthians
- Ponte Preta (F) – 29/01, 19h45 (de Brasília) – Paulistão
- Noroeste (C) – 01/02, 18h30 (de Brasília) – Paulistão
- Novorizontino (F) – 03/02, 21h30 (de Brasília) – Paulistão