No início deste mês, os policiais militares Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado. Os PMs são acusados de matar o estudante de medicina Marco Aurélio Cárdenas Acosta, de 22 anos, com um tiro à queima-roupa em um hotel na Vila Mariana, São Paulo.
Entenda o Caso
O crime ocorreu na madrugada de 20 de novembro de 2024, durante uma ação de patrulhamento no bairro. Imagens de câmeras de segurança mostram o estudante, que estava alterado, dando um tapa no retrovisor da viatura policial e fugindo para o hotel onde estava hospedado com uma amiga.
- Abordagem: No saguão do hotel, Marco Aurélio foi encurralado pelos policiais, tentou reagir com um chute, mas foi atingido por um tiro no abdômen.
- Denúncia: A Promotoria destacou que os PMs agiram com motivo torpe e utilizaram força letal contra uma pessoa desarmada, configurando abuso de autoridade e impossibilitando a defesa da vítima.
Acusação e Prisão
Os promotores Estefano Kummer, Antonio Folgado e Enzo Boncompagni apresentaram a denúncia, acusando os policiais de:
- Motivo torpe: O ato foi considerado uma retaliação pelo tapa no retrovisor.
- Homicídio qualificado: Superioridade numérica e uso de força letal contra uma vítima desarmada.
Na sexta-feira (3), a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva dos dois policiais. Ambos estão afastados das atividades e foram indiciados por homicídio doloso no inquérito policial-militar (IPM).
O Que Diz o Ministério Público?
O texto da denúncia afirma:
“Os policiais empregaram força letal contra uma pessoa alterada e desarmada, com evidente abuso de autoridade e inobservância dos procedimentos operacionais padrão. Além disso, o homicídio dificultou a defesa da vítima devido à abordagem violenta e superioridade numérica dos agentes.”
Conclusão
O caso levanta questões sobre o uso excessivo de força por parte de agentes de segurança e o cumprimento dos procedimentos operacionais padrão. A denúncia busca responsabilizar os envolvidos e reforçar a importância de limites claros no exercício da autoridade policial.
O que você pensa sobre a abordagem e as ações tomadas nesse caso? Compartilhe sua opinião nos comentários.