No mundo digital de hoje, onde podcasts e plataformas de streaming dominam, a restauração de rádios antigos é uma arte que resiste ao tempo, mantida por poucos apaixonados. Rogério Zambotto e Eduardo Monteiro estão entre os últimos representantes desse nicho no Brasil, dedicados a devolver vida a aparelhos que carregam décadas de história e nostalgia.
Um Mercado de Memórias
Zambotto e Monteiro trabalham com rádios que há muito deixaram de ser itens do cotidiano para se tornarem relíquias familiares ou peças de coleção.
- Clientes: Colecionadores ou pessoas que desejam restaurar rádios antigos com valor sentimental.
- Custo: Uma restauração pode variar de R$ 1.000 a R$ 6.000, dependendo da complexidade.
“É um trabalho de arte”, diz Zambotto, que atua na Vila Mariana, em São Paulo. A restauração não é apenas técnica, mas envolve criatividade, especialmente pela dificuldade em encontrar peças originais.
O Desafio de Modernizar Sem Perder a Essência
Para atrair novos públicos, Zambotto adapta os aparelhos para sintonizar frequências FM e até insere entradas Bluetooth. Essa modernização divide opiniões:
- Tradicionalistas: Consideram as adaptações um desrespeito à história dos aparelhos.
- Restauradores: Vêem as atualizações como uma forma de manter a relevância dos rádios no mundo moderno.
A Resistência do Passado
Enquanto Monteiro considera abandonar a profissão, Zambotto segue firme, mesmo que o mercado esteja cada vez mais restrito. “Enquanto houver colecionadores ou pessoas com aparelhos antigos dispostos a restaurá-los, haverá mercado”, afirma.
Por Que Preservar os Rádios Antigos?
Os rádios não são apenas objetos: eles representam uma época em que a comunicação era diferente. Restaurá-los é manter viva a memória de uma tecnologia que começou com Guglielmo Marconi em 1895.
Mesmo com um mercado incerto, o trabalho de restauradores como Zambotto é uma homenagem à história e à nostalgia, garantindo que os rádios antigos continuem a contar suas histórias.
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