Tensões Crescentes na Venezuela: Recompensa por Edmundo González e Manifestações Planejadas
Às vésperas da posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato como presidente da Venezuela (2025-2031), o cenário político do país se intensifica. O governo venezuelano anunciou uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem à captura de Edmundo González, opositor exilado na Espanha e acusado de conspiração e incitação a golpe de Estado.
Edmundo, que concorreu contra Maduro nas eleições de 28 de julho de 2024, alega que o pleito foi fraudado devido à ausência de divulgação dos dados por mesa de votação. Apesar das acusações de fraude eleitoral feitas pela oposição e de críticas de países como EUA e União Europeia, o governo afirma que as eleições foram ratificadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
Manifestações e Giros pela América Latina
González prometeu retornar à Venezuela e convocou manifestações para o dia 10 de janeiro, quando Maduro tomará posse. “Vejo vocês nas ruas do nosso amado país”, afirmou em suas redes sociais. Antes de retornar, ele realizará um giro pela América Latina, começando pela Argentina, onde será recebido pelo presidente Javier Milei, seguido de um encontro com Luís Lacalle Pou, no Uruguai.
Paralelamente, chavistas convocaram seus próprios atos para apoiar Maduro. “Sairemos às ruas aos milhões para jurar por Venezuela e pela independência”, declarou Maduro em um discurso recente.
Críticas Internacionais e Atritos Diplomáticos
Diversos países e organizações internacionais criticaram o processo eleitoral venezuelano, apontando falta de auditorias e transparência. A situação gerou tensões diplomáticas com o Brasil, cujo governo exige a apresentação das atas eleitorais para reconhecer a vitória de Maduro. Caracas, em resposta, acusou o Brasil de bloquear sua entrada no BRICS.
Impactos e Próximos Passos
Enquanto o governo defende a legitimidade das eleições e acusa a oposição de conspirar com o apoio dos EUA, a situação na Venezuela permanece instável. Os protestos de 2024 deixaram dezenas de mortos e milhares de presos, destacando o clima de polarização.
O dia 10 de janeiro será crucial para o futuro político do país, com manifestações marcadas de ambos os lados. A comunidade internacional estará de olho nos desdobramentos e nas possíveis consequências para a estabilidade da Venezuela.
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