Na manhã de quinta-feira (21/3), o Bairro Santo Antônio, em São Caetano do Sul, foi palco da terceira edição do EcoTroca de 2024, um programa que promete incentivar a reciclagem e o descarte adequado de óleo vegetal em troca de alimentos não perecíveis e produtos de limpeza. Realizado na Praça da Bíblia, o evento distribuiu 1.119 kg de alimentos em troca de recicláveis e óleo usado. Enquanto a iniciativa é louvável em sua busca por sustentabilidade e apoio à comunidade, ela levanta algumas questões sobre eficácia e impacto a longo prazo.

O programa, uma colaboração entre a Prefeitura, o Fundo Social de Solidariedade e o Saesa (Sistema de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental), permite que os moradores troquem 1 kg de material reciclável ou 1 litro de óleo de cozinha usado por 1 kg de alimento e uma barra de sabão, limitado a 5 kg por pessoa. Essa estratégia busca mitigar problemas ambientais e combater a insegurança alimentar. No entanto, a limitação de 5 kg por morador e a dependência de doações de redes varejistas e atacadistas podem não ser suficientes para causar uma mudança significativa na gestão de resíduos da cidade ou no bem-estar a longo prazo de suas famílias mais vulneráveis.

A participação entusiástica dos moradores indica uma disposição para engajar-se em práticas sustentáveis, mas o programa poderia ser mais ambicioso, ampliando seu alcance e impacto.

À medida que a Prefeitura planeja expandir o EcoTroca para mais bairros, é crucial que se considere formas de aumentar a capacidade do programa não apenas para atrair mais participantes, mas também para garantir que suas contribuições à sustentabilidade e à segurança alimentar sejam significativas e duradouras. Isso poderia incluir o aumento do limite de troca por pessoa, a ampliação da variedade de itens aceitos para reciclagem e uma análise mais aprofundada de como melhorar a eficiência e o impacto do programa.

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