O cenário é preocupante: o número de pessoas em situação de rua em São Caetano do Sul saltou de 67 em 2021/2022 para 193 em 2023, segundo dados do Censo SUAS da Secretaria Nacional de Assistência Social – SNAS do Governo Federal. Mas antes de buscar soluções apressadas, é crucial olhar para os erros e acertos de outras cidades que enfrentam desafios semelhantes.

O Caso de São Paulo

Primeiramente, vamos considerar São Paulo. A cidade corre o risco de repetir os erros da Califórnia ao insistir em políticas públicas de eficácia questionável. Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que a população em situação de rua no Brasil aumentou 211% entre 2012 e 2022. O problema é complexo e envolve aspectos como criminalidade e dependência química.

Lições de Los Angeles

Em Los Angeles, a estratégia de oferecer moradia sem reabilitação adequada falhou miseravelmente. O empreendedor imobiliário Izek Shomof define muitos desses indivíduos como “unhousebles” – pessoas que, no momento, não têm condições mínimas para habitar uma moradia.

O Equívoco do Housing-First

O modelo de Housing-First, que prioriza o acesso imediato a uma moradia, tem se mostrado ineficaz. Michael Shellenberger, em seu livro “San Fransicko”, argumenta que a maioria dos sem-teto tem algum tipo de transtorno de saúde mental, tornando as soluções simplistas ineficazes.

O Caminho a Seguir

São Paulo já conta com cerca de 100 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), um terço dos quais são especializados em Álcool e Drogas. A implantação de um modelo de moradia assistida, com monitoramento constante, parece ser o caminho mais humano e eficaz.

Conclusão

Não há soluções rápidas e fáceis para o problema das pessoas em situação de rua. São Caetano do Sul deve aprender com os erros e acertos de outras cidades para desenvolver uma abordagem mais eficaz e humana.


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Fontes:


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