A plume of smoke billows during a US strike on Yemen's Huthi-held capital Sanaa early on March 16, 2025. The first US strikes against Yemen's Huthis since President Donald Trump took office in January killed at least 31 people, the rebels said on March 16, as Washington warned Iran to stop backing the group. (Photo by Mohammed HUWAIS / AFP)
Ataque americano a Sanaa, capital iemenita controlada pelos rebeldes hutis. 16/03/2025 – (Mohammed Huwais/AFP)

Os hutis, rebeldes que controlam parcialmente o Iêmen, denunciaram novos ataques dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 17, que disseram ter elevado o número de mortos do final de semana para 53, incluindo cinco crianças. Outras 98 pessoas ficaram feridas, segundo o porta-voz do Ministério da Saúde Houthi, Anis al-Asbahi.

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O grupo rebelde, um dos que são apoiados pelo Irã no Oriente Médio, informou que alvos nas áreas de Al Jaouf e Hudaydah foram atingidos nesta manhã, enquanto o Comando Central dos Estados Unidos comunicou apenas que suas forças continuaram as operações. Autoridades americanas afirmaram que algumas figuras importantes da organização no Iêmen estão entre os mortos.

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Washington lançou o que chamou de uma onda “decisiva e poderosa” de ataques aéreos contra alvos dos hutis no sábado 15, como parte dos esforços para impedir sabotagens dos rebeldes iemenitas contra navios americanos e de aliados no Mar Vermelho. A importante rota comercial marítima enfrentou interrupções devido às ações do grupo em apoio aos palestinos em meio à guerra em Gaza.

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Escalada à vista

O líder huti Abdul Malik al-Houthi prometeu retaliar contra navios americanos no Mar Vermelho enquanto os Estados Unidos continuassem seus ataques ao Iêmen. Anteriormente, a promessa era de continuar com as sabotagens na rota até que Israel interrompesse o cerco a Gaza. O grupo, que considera Tel Aiv um inimigo, controla a cidade de Sanaa e o noroeste do Iêmen, mas não é o governo internacionalmente reconhecido do país.

“Se eles continuarem com sua agressão, nós continuaremos a escalada”, disse Malik al-Houthi em um discurso televisionado. O braço político do movimento descreveu os ataques americanos como um “crime de guerra”.

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O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Michael Waltz, disse à emissora ABC News que os ataques de sábado “atingiram vários líderes huti e os eliminaram”. À rede conservadora Fox News, ele acrescentou: “Nós apenas os atacamos com força esmagadora e avisamos o Irã de que já chega.”

O secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, prometeu uma campanha de mísseis “implacável” até que os hutis parem de investir contra embarcações no Mar Vermelho. “Esta campanha é sobre liberdade de navegação e restauração da dissuasão”, disse ele em uma entrevista à Fox Business.

Desde novembro de 2023, os hutis atacaram dezenas de navios mercantes com mísseis, drones e pequenos barcos no Mar Vermelho e no Golfo de Áden. Eles afundaram dois navios, apreenderam um terceiro e mataram quatro tripulantes.

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Ao anunciar os ataques de sábado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que seu Exército usará “força letal esmagadora até atingirmos nosso objetivo”.

“Financiados pelo Irã, os bandidos hutis dispararam mísseis contra aeronaves americanas e alvejaram nossas tropas e aliados”, disse Trump nas redes sociais, acrescentando que sua “pirataria, violência e terrorismo” custaram “bilhões” e colocaram vidas em risco.

Dirigindo-se diretamente aos rebeldes, Trump afirmou que “o inferno vai chover sobre vocês como nunca viram antes”, caso as investidas contra embarcações não fossem interrompidas.


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