Nesta quarta, Moraes derrubou o sigilo da delação premiada de Cid e, na manhã de hoje (20), tornou públicos os vídeos das audiências. O tenente-coronel foi pessoalmente ao Supremo acompanhado de seus advogados. Moraes o interrogou pessoalmente, por videoconferência.
Ao Canal UOL, Sakamoto analisou as gravações divulgadas hoje e disse não ter visto um ambiente hostil.
[No depoimento] Não está se colocando palavras na boca de ninguém, não há instrumentos medievais de tortura, nem técnicas avançadas de tortura psicológica, como algumas pessoas alegaram. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Em outro trecho, Moraes deu uma bronca em Cid dizendo que ele teria a última oportunidade de falar a verdade. Para o colunista do UOL, a cena apresentada acaba com a narrativa de aliados de Bolsonaro.
Se essa foi a dura de Moraes, então os críticos da delação que defendem que Mauro Cid sofreu tortura com métodos medievais produziram uma narrativa fantasiosa. Moraes foi muito claro [ao dizer que o depoimento] tem contradições e [dando] a última chance do colaborador falar a verdade, caso contrário, ele perderia o benefício da delação premiada Moraes deixa claro que a PF tem um relatório parrudo com elementos, fatos. Então, ele aponta que Cid precisa dizer o que sabe, e que essa seria a última chance de dizer a verdade. Tudo isso está dentro da normalidade. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Nesta terça (18), a PGR (Procuradoria-Geral da República) fez a denúncia contra o ex-mandatário e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado em 2023. Bolsonaro é acusado de liderar a organização criminosa para tentar se manter no poder, mesmo após a derrota para Lula nas eleições de 2022. A denúncia deve ser julgada ainda em 2025 pela 1ª Turma do STF.