Há exatos 30 anos, a emissora britânica BBC convidou cientistas renomados para participar do programa Tomorrow´s World (o mundo de amanhã, em tradução livre) e tentarem imaginar como seria o mundo no longínquo 2025. Entre os convidados estava o físico Stephen Hawking (1942-2018).
O físico britânico antecipou o futuro da exploração espacial. Durante o programa, ele previu que, até 2025, seria possível contar com tecnologia suficiente para minerar asteroides, com empresas privadas liderando missões em busca de metais raros em corpos celestes próximos à Terra. Esta tecnologia continua restrita à ficção, mas Hawking acertou em outras áreas.
O físico Stephen Hawking em foto de 2008, na Nasa Foto: Paul. E. Alers/Nasa
Hawking apostou que o acúmulo de lixo espacial se tornaria uma ameaça crescente, o que é verdade. Ele sugeriu, inclusive, soluções criativas para o problema, como o uso de gel ou espuma capaz de desacelerar os fragmentos em órbita. Mas nada parecido foi desenvolvido ainda.
Ele também previu a transformação digital que moldaria as décadas seguintes. Antecipou a onipresença da internet e seu impacto direto na comunicação e no acesso à informação. Hoje isso parece óbvio, mas em 1995 a internet ainda engatinhava e a ideia parecia futurista demais para a maioria da população.
Outro ponto levantado por ele foi o avanço da robótica. Mais um acerto, afinal, robôs já começaram a ocupar território em áreas como a indústria, a medicina e até mesmo no atendimento ao público.
Vislumbrou ainda o uso disseminado de assistentes virtuais e dispositivos com chips inteligentes. Stephen Hawking citou uso dessas tecnologias integradas ao cotidiano. De 1995 para cá isso se traduziu na evolução dos celulares, eletrodomésticos inteligentes e assistentes de voz baseados em inteligência artificial.