Após o atentado terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023, milhares de cartazes com os rostos dos reféns capturados pelo grupo foram espalhados pelas ruas de Nova York. Um deles se destacava dos demais por mostrar um bebê. O nome dele era Kfir e tinha apenas 9 meses. O mais novo dos capturados. Nunca soube o que era Israel ou Palestina. Nunca pôde dar uma opinião. Nunca pôde falar. Nunca pôde ir a uma escola. Nunca pôde brincar com os amigos. Nunca aprendeu a ler. Sua curta vida foi interrompida naquela manhã quando terroristas invadiram o kibutz onde morava.

Foi levado para a Faixa de Gaza junto com a sua mãe, Shiri, seu irmão, Ariel, de 4 anos. Yarden, o pai e também refém, foi separado deles. Após quase 500 dias, ele foi solto semanas atrás sem saber o paradeiro dos filhos e da mulher. Imagine estar sequestrado por terroristas sem ter ideia do que aconteceu com suas crianças? Sem saber se estão vivas, se morreram ou se foram libertadas. Nesta quinta-feira, Yarden sofre uma das maiores tragédias que um ser humano pode enfrentar. Precisará enterrar sua mulher e seus filhos, incluindo o pequenino bebê Kfir. Isso após centenas de dias no cativeiro.

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Não interessa de que lado a pessoa esteja no conflito e de qual seja a sua visão sobre Israel e suas ações militares na Faixa de Gaza. No caso, estamos falando dos seres humanos Yarden, Ariel, Shiri e Kfir. Uma família como milhões de outras pelo mundo que foi destroçada em um atentado terrorista. O Hamas precisa ser condenado. O que essa organização fez é inaceitável. Condenar o Hamas não significa em hipóteses alguma apoiar Benjamin Netanyahu ou justificar a morte de 47 mil palestinos em Gaza, incluindo milhares de crianças. Tampouco significa apoiar a limpeza étnica de palestinos proposta por Trump. Significa apenas condenar uma organização terrorista que em nada fez para avançar o sonho de uma Palestina independente. Ao contrário, hoje celebra como vitória as ruínas de Gaza. Nada mais patético.

Sigo com o sonho de um dia pessoas da geração de Kfir Bibas em Israel e na Palestina assinem um acordo de paz para que haja dois Estados vivendo em paz e segurança. Não dá mais para vermos bebês israelenses e palestinos serem mortos pelo ódio.

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