Por que o calor recorde dos últimos anos pode ter uma nova explicação

Ciência

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Nos últimos anos, as temperaturas globais dispararam. De certa forma, esse recorde de calor era esperado por alguns fatores previstos: o El Niño, a diminuição da poluição do ar que esfria a Terra e o desequilíbrio energético global.

Menos nuvens

Mas, esses fatores não explicam tamanho calor recente. Dois novos estudos oferecem uma explicação potencial: o declínio na cobertura de nuvens, o que pode sinalizar o início de um ciclo que leva a mais aquecimento.

Efeito das nuvens

As nuvens podem afetar o sistema climático pois suas superfícies brancas refletem a luz do sol, resfriando o planeta, e também porque agem como uma “manta”, refletindo a radiação infravermelha de volta para a superfície do planeta.

Efeito das nuvens

Cientistas explicam que as nuvens são uma enorme alavanca no sistema climático e uma pequena mudança nas nuvens – ou a ausência delas – poderia ser uma grande mudança no aquecimento do planeta.

Menor refletividade

Estudos descobriram que a cobertura de nuvens de baixa altitude caiu drasticamente – o que reduziu a refletividade do planeta. O ano de 2023 teve a menor fração de radiação solar refletida por uma superfície ou objeto desde 1940.

+ 0,2ºC

Essa menor refletividade contribuiu com 0,2ºC de aquecimento para as temperaturas recordes de 2023 – quantidade equivalente ao aquecimento até agora não explicado.

Explicações

Os pesquisadores ainda não têm certeza exata sobre o que explica essa diminuição de nuvens. Alguns acreditam que pode ser devido à menor poluição do ar. Quando há partículas no ar, pode ser mais fácil para as gotículas de água se aderirem a elas e formarem nuvens.

Explicações

Outra possibilidade tem relação com o próprio aquecimento da Terra: quando as temperaturas aumentam, o ar quente pode perturbar a cama seca de ar que ficam acima da nuvens, tornando mais difícil a formação de nuvens úmidas.