Os cariocas gastaram, em dezembro, R$ 1.033,34 para comprar uma cesta básica. O Rio de Janeiro é a mais cara entre oito capitais pesquisadas pela FGV Ibre e pela Neogrid.
A pesquisa mostra que a capital fluminense é a única em que os 18 produtos da Cesta de Consumo, montada pela FGV, exigem mais do que R$ 1.000. Na vice-liderança de local mais caro está São Paulo, em que a cesta sai por R$ 984,07.
Foram pesquisados preços em Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus, Fortaleza, Salvador e Brasília.
Cesta encareceu em dezembro em cinco das oito capitais
Em cinco dessas oito capitais, houve alta no preço médio na comparação com o mês anterior.
A capital federal puxou a fila, com aumento de 6,5%. Em seguida, vieram Manaus (+4,9%), Rio e São Paulo —ambas subiram 2,3%—, e Belo Horizonte (+1,5%). Por outro lado, os preços recuaram em Salvador (-3,7%), em Fortaleza (-1,3%) e em Curitiba (-0,7%).
O óleo de soja e a margarina puxaram a alta nas oito capitais da pesquisa. O primeiro item subiu 14,3% em Brasília e 10,7% em Curitiba, enquanto a margarina, 5,6% em Manaus.
Esses aumentos foram resultado da demanda interna, afirma Anna Carolina Veiga Fercher, head de customer success e insights da Neogrid.
“Além disso, a safra nacional de soja ainda sofre com os efeitos climáticos, reduzindo a oferta no mercado nacional.”
Em contrapartida, legumes, leite UHT e farinha de mandioca se destacaram pela queda de preço. Os legumes caíram 31,7% em Curitiba e 20,5% em Salvador.
Os números do estudo coincidem com os dados da inflação aferidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os alimentos em geral fecharam 2024 com inflação acumulada de 8,23%.
As carnes, por exemplo, aumentaram 20,84% no IPCA de 2024, e o café moído, 39,6%. Especialistas apontam que a mudança climática, exportações em alta e impactos do dólar caro no câmbio pressionaram o grupo.