O cenário climático global está em um ponto crítico, e a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), sediada pelo Brasil em Belém em 2025, representa uma oportunidade histórica para a liderança brasileira. Três décadas após a Rio-92, onde nasceu a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, o Brasil retorna ao centro do debate global sobre sustentabilidade e cooperação climática.
Com o aumento das crises climáticas, evidenciadas pelas inundações no Rio Grande do Sul e Valência, e as incertezas do multilateralismo, o Brasil terá a tarefa desafiadora de resgatar agendas cruciais, como a Meta Global de Adaptação (GGA) e o Programa de Trabalho para uma Transição Justa (JTWP). Além disso, deverá lidar com tensões políticas internacionais, como a possível influência da administração Trump sobre os compromissos globais de enfrentamento climático.
A COP 30 será um marco para análise e redefinição de metas nacionais e globais, graças às atualizações das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e Relatórios Bienais de Transparência (BTRs). O Brasil terá a oportunidade de demonstrar sua tradição diplomática, contribuindo para soluções inovadoras e promovendo uma liderança equilibrada que inspire outros países.
Em meio a tantas incertezas e desafios, cabe perguntar: para onde vai o Brasil? A resposta será decisiva não apenas para o futuro do clima global, mas para a posição do país no cenário internacional.