A deficiência de vitamina D tem sido associada a um risco maior para diversas doenças. Muitas pessoas têm baixos níveis deste nutriente – a maioria dos casos é associada à ingestão insuficiente de fontes da vitamina ou exposição ao sol (já que a vitamina D é processada no corpo pela presença de luz solar) -, mas uma pesquisa canadense mostra que fatores genéticos podem ser tão importantes quanto os fatores ambientais na determinação dos níveis de vitamina D no organismo.
“Há muito tempo se sabe que os níveis de vitamina D são fortemente determinados por fatores genéticos”, diz Brent Richards, co-autor do estudo e pesquisador do Lady Davis Institute for Medical Research, do Jewish General Hospital. “No entanto, os fatores genéticos não forem bem descritos nestes diversos estudos”.
Os pesquisadores então associaram o genoma de 34 mil pessoas caucasianas com descendência europeia, identificando variantes genéticas em três locais do genoma que estão muito associados com a concentração da vitamina D no sangue.
“Os indivíduos de maior risco têm uma tendência duas vezes ou duas vezes e meia maior de ter deficiência de vitamina D”, explica Richards. “A magnitude do efeito destes genes é igual ou maior do que tomar um suplemento de vitamina D”.
Apesar dos resultados, a equipe ressalta que grandes doses da vitamina não devem ser tomadas pelas pessoas. Novas pesquisas ainda devem ser feitas para determinar riscos e benefícios na administração de suplementos, bem como se estas pessoas realmente precisam de doses mais elevadas de vitamina D. A interação dos genes com fatores ambientais também deve ser analisada.
“Em última análise, queremos entender se estas pessoas com esses genes podem estar protegidas contra as diversas formas de câncer, o diabetes, doenças cardiovasculares associadas à deficiência de vitamina D, tomando suplementos”, completa.
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