O cenário político e econômico contemporâneo traz à tona o debate sobre o pensamento liberal clássico e a atuação do Estado. O princípio de limitação estatal, concebido na Europa do século XVIII, definiu o governo como um guardião das liberdades individuais, promovendo uma economia de mercado onde sua interferência seria mínima.
Esta ideologia, encapsulada na máxima “o melhor governo é aquele que governa menos”, preconiza que a liberdade econômica individual resulta no benefício coletivo. Contudo, a prática incessante de privatizações em setores essenciais como saúde, educação e infraestrutura, sob a égide liberal, revela desafios multifacetados.
Os processos de concessão, frequentemente onerosos, têm levado a uma descapitalização empresarial, impedindo novos investimentos. Ademais, apoios financeiros oriundos de bancos estatais, como o BNDES, sugerem uma contradição ao transferir o ônus ao contribuinte para a iniciativa privada assumir serviços públicos.
A tempestade de 03/11/2023, que deixou milhares sem eletricidade, escancara a fragilidade do modelo de concessões e a incapacidade estatal de fiscalizar eficientemente. A situação precária expõe a urgência de uma revisão crítica das práticas e políticas regulatórias.
A proposta de erradicar árvores para evitar a interrupção dos serviços de energia é um exemplo de soluções reativas e pouco sustentáveis, ignorando a responsabilidade das concessionárias na manutenção de sua infraestrutura.
À medida que se aproxima a concessão do saneamento, a preocupação com uma possível crise semelhante à falta de água ressalta a necessidade de uma governança mais assertiva e menos vulnerável a influências políticas.
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